Primeiros goulds da época 2012/2013

Apesar de não estar a ser um início de criação dos melhores, ai estão elas: as primeiras crias da época.

Não está a correr tão bem quanto eu desejava. Apenas pouco mais de metade dos casais é que já arrancaram com a criação, alguns ovos gôros, outros fora do ninho. Depois são as anilhas que tardam em chegar e como se não bastasse o meu cachorro arranjou maneira de saltar para cima do telhado da sala de criação e com o barulho que fazia, aos pulos em cima das telhas, fez com que alguns casais interrompessem a postura por falta de sossego. Não vejo outra razão para os goulds fazerem posturas de 2 ovos apenas, intervalados por dois ou três dias e ficarem por aí.

 Não há-de ser nada e tudo se vai compor com certeza, ficam umas fotos dos recém nascidos, a qualidade não é a melhor mas dá para perceber.

 

 

5 ovos todos galados

 

 

bengalim no choco

 

5 crias gould

 

 

 

um gould solitário

 

 

Visita ao campeonato ornitológico da costa azul na Moita

Hoje foi dia de ir dar uma volta para arejar, que esta vida não é só trabalho. Levantei-me cedinho e como já andava com a ideia fisgada, lá desafiei o meu pai para irmos à Moita visitar o segundo Campeonato Ornitológico da Costa Azul.

A exposição decorre no Pavilhão Municipal de Exposições da Moita. O facto de ser um local próprio para este tipo de eventos torna as condições muito boas, tem boa iluminação, o espaço bem organizado e tudo muito bem distribuído. Para quem quiser adquirir aves, misturas ou acessórios também existem alguns stands de venda. O meu pai, esse, foi a primeira vez que o levei a ver uma exposição, como também gosta muito da bicharada achei bem levá-lo a conhecer alguns pássaros que ele até hoje não sonhava sequer que existiam. O entusiasmo foi tanto que já queria trazer para casa um casal de negros vermelhos intensos, raça que não conhecia e com a qual ficou bastante entusiasmado, gostou mesmo dos bichos e se eu não lhe metesse um travão a esta hora de certeza que já cá moravam :)

 Quanto à qualidade das aves gostei bastante do que vi, boa qualidade e em bom número. Os exóticos é que é a história do costume, como estamos em plena época de criação, não é fácil conciliar entre as duas coisas tendo os criadores que optar entre reproduzir ou expôr.

 

 

 

 

Algumas das minhas aves

Ora aqui estão umas fotos da minha passarada, nomeadamente os diamantes gould que estão a criar neste momento e também alguns dos meus canários, que estão em repouso já a aguardar por Fevereiro, para a nova época de criação. Destas aves gosto particularmente dos canários vermelhos que adquiri a um criador aqui da minha zona. São canários trabalhados com os cardinalitos da venezuela e que adquirem um lipocromo de grande qualidade. Quanto mais perto do cardinalito melhor a assimilação dos pigmentos vermelhos e estes canários que adquiri não estão a mais que quatro gerações dos cardinalitos,  pelo menos no que toca à qualidade da cor a meu ver são aves de excelente qualidade.



 

phaeu vermelho mosaico

 

phaeu vermelho mosaico

 

lipocromo vermelho nevado

 

lipocromo vermelho nevado

 

lipocromo vermelho intenso

 

lipocromo vermelho mosaico

 

lipocromo vermelho mosaico

 

lipocromo vermelho intenso

 

macho cv-pb

 

casal reprodutor

 

macho cl-pr

 

macho cp-pr

 

macho cv-pr

 

fêmea cl-pr

Instalações

 Estas são as minhas instalações, não é um espaço que me permita criar com 100 casais, mas dá perfeitamente para as minhas necessidades e já me dá trabalho que chegue. Como não é um espaço muito grande, tenho apenas 24 gaiolas de criação com 60 cm de frente e divisória central, com sistema de tabuleiros em chapa galvanisada.

 Tenho uma voadeira pequena com 90 cm largura e 1,5 m altura, mas que chega perfeitamente para as necessidades, pois apenas serve para os pássaros desenvolverem um bocado, antes de serem colocados no viveiro grande, com 5 mt  de comprido por 2 de largur,a onde têem espaço para voar à vontade.

 A sala de criação como tem uma boa janela e é bem arejada, não utilizo qualquer tipo de aquecimento, desumidificadores ou exaustores, mas utilizo um pequeno controler ligado a uma lâmpada, para despertar as aves antes do nascer do dia, mantendo sempre 13 ou 14 horas de luz durante a época das criações.

Tenho uma mesa de apoio, uma prateleira, onde disponho de todos os acessórios que preciso para o bem estar das aves e ainda me sobra espaço para andar sem me sentir apertado,

  Nestas fotos ainda não tinha tudo completamente montado, mas dá para ter uma ideia.

 

vista exterior 

 

 

 

vista interior 

 

 

 

 

voadeira 

 

 

controlo de luz 

 

viveiro



Ovos atravessados

 Iniciei a preparação para criação dos meus Goulds no dia 1de Setembro. Como sou uma pessoa que não gosto de complicar, optei pelo básico dos básicos e visto os pássaros aparentemente estarem bem de saúde, optei por não sobrecarregar os bichos de medicamentos.

 Desparasitação: utilizei o frontline spray para desparasitar externamente, uma gotinha no dorso de cada ave é o suficiente para o piolho não pegar. Apesar do frontline ser um produto para cães, tem uma grande eficácia nas aves e é um produto do qual eu não abdico. Para desparasitar internamente utilizo o pulmosan, uma gotinha por baixo da asa para evitar os ácaros da traqueia, assim como outros parasitas. O pulmosan tem que ser readministrado 21 dias depois da primeira aplicação.

 Como este ano me descuidei com a mistura, tive alguns pássaros que engordaram um pouco, administrei colina durante 10 dias com uma pausa de 4 dias pelo meio, para abater um bocado as gorduras acumuladas.

   fp-20-20 foi o único  antibiótico que dei como prevenção para as salmoneloses, colibasiloses etc, administrei durante 5 dias fiz uma pausa de 4 dias só a água limpa e mais 5 dias a dar vitamina E.

 Dia 1 de Outubro foi dia de meter os ninhos nos goulds e nos bengalins.

 Por volta do dia 12 de Outubro, começaram a aparecer as primeiras posturas e também os primeiros problemas. Comecei a ver 3 ou 4 fêmeas de bengalins que estavam a iniciar a postura, todas emboladas no fundo da gaiola de olhinhos entreabertos e quase sem se mexer. Quando peguei nelas vi logo o que era e tem graça que nunca me tinha sucedido isto, ou seja tinha as fêmeas todas com ovos atravessados, presos, entalados ou como lhe queiram chamar. Desde ovos sem casca até ovos com mais do dobro do tamanho habitual apareceu-me um pouco de tudo.

 Acabei por meter grit também nos bengalins pois só a tinha nos goulds, para evitar os ovos sem casca e parece que resultou, até à data não voltou a acontecer.

 Existem várias maneiras para resolver este problema e cada criador tem o seu método.

 Entre os métodos mais conhecidos estão, administrar um comprimido de zooserine, massajar a cloaca da ave com azeite morno e fazer vapores de água quente à ave para provocar a dilatação da cloaca. No meu caso, apenas massajo com muito cuidado a zona do baixo ventre e a cloaca da ave e deixo-a sossegadinha na gaiola, normalmente resulta e ao fim de pouco tempo o ovo está posto.

 Como se pode ver nestas fotos tiradas por mim é bem visivel o ovo sem casca quase transparente mas de tamanho normal, um outro ovo com casca mas com o dobro do tamanho onde até é bem visivel o sangue que a ave perdeu ao fazer a postura. Podemos ver também a comparação entre dois.