Melhoras na criação

Até que enfim, já separei os primeiros goulds das amas. Optei por deixar estes primeiros juvenis mais algum tempo com os bengalins, para não correr riscos, apesar de já comerem bem sozinhos com 45 dias só os separei com cerca de 50 dias para a voadeira.

Parece que senti algumas melhoras, neste mês de Dezembro, não própriamente no número de crias que nasceram, que não foram muitas, mas dei conta de algumas mudanças. Como já tinha comentado antes os meus casais reprodutores andavam a meter poucos ovos por postura (2ou3), nesse aspecto houve melhoras, pois ja apareceram as tais posturas de 4,5,6 ovos. O outro aspecto que melhorou, foi a quantidade de dias entre posturas. Parece que os meus goulds, andavam com pouca vontade, pois só estavam a fazer posturas, de 22 em 22 dias, mais coisa menos coisa, o que é muito tempo concerteza. Este mês parece que atinaram e já vão fazendo posturas de 12 em 12 dias o que já me agrada mais, tenho mesmo um casalito que está a por de 7 em 7 dias.

Penso que estas pequenas melhoras se devem ao facto de ter feito um acerto na luz da sala de criação. Normalmente crio com 13 horas de luz, tenho o temporizador a acender as 4:30 da manhã e a apagar as 7:30 da manhã, o que acontecia era que como a sala de criação fica em local abrigado do sol, apesar de a essa hora já ser de dia, dentro da sala ficava escuro outra vez até cerca das 8 horas, ou seja, depois da luz apagar as 7:30 da manhã a sala de criação voltava a ficar escura por um espaço de tempo de mais 30 minutos sensivelmente. Como a luz é um dos factores que tem mais influência na crição de certeza que era este pequeno pormenor que estava a baralhar as aves . Meti o temporizador a apagar a luz as 8:30 quando já há bastante luz natural, resolvi a situação e os resultados foram imediatos.

Esta é a prova que tem que se ter algum cuidado, quando se utiliza luz artificial, este fator, pode ter uma grande influência durante a criação, do mesmo modo que pode ser utilizado eficazmente, para aumentar o cio das aves e para impedir que os juvenis, fiquem muito tempo sem serem alimentados, também pode induzir mudas de pena não desejadas ou como me aconteceu a mim alterações nas posturas, que no meio da criação, não são situações nada boas.

Mais tarde coloco umas fotos dos juvenis já desmamados.

Visita ao campeonato nacional em Vila Franca de Xira

Ontem fui dar uma espreitadela ao campeonato nacional ornitológico, que está a correr em Vila Franca de Xira.
Posso dizer que estava simplesmente espétacular, o espaço estava á pinha, muitas pessoas a visitar a exposição, tive alturas em que nem conseguia apreciar as aves como deve ser, tal era a quantidade de gente que por lá andava.
O espaço nem vale a pena falar dele, porque quem conhece sabe que tem todas as condições para um evento destes. Estava tudo muito bem distribuido, com as bancadas e os stands de venda ao público em toda a volta do recinto, e as aves expostas ao centro. A qualidade das aves expostas muito boa e mesmo nos stands e bancas de venda tambem vi alguns passaritos jeitosos, aliás o meu pai, que já andava a namorar os canários bronses, desde que o levei ás exposições da moita e a peniche, lá acabou por se render e comprou um casalito escolhido por mim.
Ficam aqui algumas fotos do campeonato, não são muitas mas dá para ter uma ideia.

 

 

Goulds novos

Estão a crescer bem. Os poucos diamantes gould que já nasceram, mais dia menos dia e saltam para fora do ninho. Não estão a nascer muitos, pássaros mas os que nascem estão a aguentar-se bem, em15 ou 16 ovos apenas 3 não estavam férteis, e dos ovos férteis ainda só morreram dois embriões na casca. Por enquanto os bengalins ainda só me deixaram morrer um pássaro e mesmo esse que morreu estava no fundo do ninho com o papo bem cheio, por isso ou deve ter sido apertado pelos bengalins, ou o mais provavel era ter alguma maleita, visto que não estava a acompanhar o crescimento dos irmãos.
Estou a estranhar o facto dos meus goulds estarem a fazer posturas pequenas. Das 4 ou 5 posturas já feitas apenas tive uma com 5 ovos de resto tem sido tudo com 2 ou 3 ovos, o que é pouco para aves como os goulds mas enfim que se há de fazer... isto quem corre por gosto não cansa e como crio aves pelo pazer que me dá e não por negócio se tirar 25 ou 30 passaritos até fevereiro ou março já não é nada mau, já fico contente.
Deixo algumas fotos dos juvenis.

 

standard omj mutação feo (generalidades)

MUTAÇÃO FEO-GENERALIDADES
A mutação feo é caracterizada pela inibição da eumelanina e pela expressão da feomelanina, numa tonalidade castanha máxima e bem contrastada, sob a forma de desenho escamado.
O desenho escamado é a caracteristica principal no canário feo.
Sobre o dorso, as escamas serão regulares e bem repartidas e não formarão linhas brancas. A cabeça e os flancos melanizados deixam visivel o desenho, partindo de cima do bico até ao uropigío.
Todavia o desenho escamado nos intensos é menos nitido.
A tonalidade castanha manifesta se sobre o conjunto da ave.
Nos machos feos a melanina castanha apróxima-se do bico, mas deixa ver uma máscara facial com lipocromo misturado com melanina castanha e a parte central do peito mostra também lipocromo visivel misturado com a melanina castanha.
As rémiges e as rétrizes devem ser circundadas de uma orla,(bainha ou bordadura) o mais castanho possível.
Não será admitido sobre a plumagem nenhuma presença visível de eumelanina.
As patas, as unhas e o bico são claras.
Os olhos são rúbis.

AVALIAÇÃO

EXCELENTE- Desenho caracteristico(escamado) defenido pela distribuição da feomelanina na periferia das penas, que delimitam as zonas centrais privadas de melaninas.
A tonalidade castanha deve-se exprimir ao máximo.
Os olhos são rúbis.

BOM- Boa tonalidade castanha, ligeiramente reduzida.
Desenho e bordadura menos evidentes e ligeiramente confusos, mas com as zonas centrais privadas de melaninas.
Olhos rúbis

SUFICIENTE- Redução da tonalidade castanha. Desenho confuso ou insuficiente, com bordadura limitada, permitindo determinar o tipo.
Olhos rúbis.

INSUFICIENTE- Insuficiente expressão melânica castanha. Desenho excessivamente confuso (estendido)

standar omj mosaico tipo2 (generalidades)

MACHO MOSAICO TIPO2

DESENHO DA CABEÇA: A máscara deve ser bem delimitada e o lipocromo intenso. Os olhos estarão situados no interior da máscara que deve asemelhar-se à do pintassilgo.

OMBROS: As zonas de eleição serão bem marcadas e delimitadas, o lipocromo será intenso e não demasiado estendido. As rémiges serão o mais branco possivel.

URUPÍGIO: O lipocromo do uropigío será intenso e bem delimitado.Excecionalmente uma ligeira coloração da cauda é tolerada.

PEITO: O peito deve mostrar uma zona triângular evidente, bem colorida e bem separada da máscara e dos flancos. O baixo ventre deve ser muito branco.

AVALIAÇÃO

EXCELENTE: Sujeito com máscara facial muito nítida e bem delimitada. Zonas de eleição intensas e bem defenidas, com contornos que se destacam claramente do resto do manto branco giz e com uma ligeira transpiração sobre o dorso tolerada.

BOM: Lipocromo tendendo a estender-se demasiado sobre o dorso pescoço e flancos. Ligeiros vestigios de nevado sobre o uropígio.

SUFICIENTE: Zonas de eleição reduzidas ou abundantes com, com máscara reduzida ou excessivamente estendida. Uma ou várias rémiges ou rétrizes coloridas. Presença lipocromica nas faces nos flancos e nas coxas. Presença evidente de nevado sobre o uropígio e ligeiramente sobre os ombros.

INSUFICIENTE: Máscara partida ou falta dela por baixo do bico. Sujeito tendendo á categoria de nevado, com zonas de eleição muito estendidas e evidentes.presença de lipocromo sobre as faces,pescoço, dorso, peito,flancos e coxas, ou pelo contrário, com zonas de eleição muito reduzidas.

Standard omj dos mosaicos tipo1 (generalidades)

MOSAICO-  Em lipocrómicos, fora das zonas de eleição que devem ser o mais intenso possível, a plumagem será de um branco giz.

                     Em melânicos, os standards são os mesmos do que para os lipocrómicos

FÊMEA MOSAICO TIPO 1

DESENHO NA CABEÇA; deve ser constituido por uma estreita e nítida linha ocular,bem colorida finamente desenhada e bem visivel no prolongamento do olho.

OMBROS: As zonas de eleição serão bem marcadas e delimitadas, o lipocromo será intenso e não demasiado estendido. As remiges serão o mais branco possivel.

UROPÍGIO: O lipocromo do uropígio será intenso e bem delimitado.

PEITO: O peito deve mostrar uma ligeira coloração que não deverá em caso algum continuar em direção á garganta aos flancos ou ao baixo ventre

AVALIAÇÃO
EXCELENTE: Zonas de eleição intensas nítidas e bem defenidas. O resto da plumagem deve ser de cor branco giz

BOM: Dorso com ligeira presença lipocrómica, urupígio ligeiramente nevado, zonas de eleição estendidas, a linha ocular tende a estender se á região frontal ou a estender-se em direção à nuca.

SUFICIENTE:Zonas de eleição muito estendidas ou muito reduzidas, com presença lipocrómica, tendendo a estender-se as faces, ao dorso á fronte e a todo o peito,aos flancos, ao abdómen, as coxas e ás rémiges.Uma ou várias rémiges ou rétrizes coloridas. Sobrancelhas ou peito mal marcado. Ligeiro nevado sobre os ombros mas evidente sobre o urupígio.

INSUFICIENTE:Sujeito privado de lipocromo sobre o peito e linha ocular. Sujeito tendendo á categoria de nevado, com presença de mascara facial. Faces, pescoço,dorso, peito, flancos, coxas e abdómen marcados por lipocromo.

Dia de tratar da passarada

Hoje dediquei a manhã inteiramente aos pássaros, estive a lavar os bebedouros e comedouros com água com detergente e lixivia, como costumo fazer pelo menos uma vez por semana.

A higiene no espaço de criação é a meu ver ver um ponto essencial para se ter algum sucesso nas criações, pelo que eu, sempre que posso faço uma faxina ao material todo.

Dei mistura aos goulds e aos bengalins que chegue para uma semana, pois por motivos profissionais vou estar fora de casa uns dias e não quero dar trabalho à patroa. Troquei os jornais que utilizo nos tabuleiros por jornais limpos, coisa que faço praticamente sempre que dou comida aos pássaros. 

Acabei por trocar dois casais de goulds que não se estavam aceitar muito bem. Os goulds às vezes têm destas coisas e quando não se aceitam bem, não vale a pena insistir, que normalmente não dá em nada, por isso troquei os casais, pode ser que assim se aceitem melhor. Hoje acabei também por anilhar os dois primeiros goulds com anilhas de 2013. Os primeiros seis que nasceram tive que os anilhar com anilhas de 2012 que me sobraram. A chegada das anilhas do ano 2013 estava prevista para o início de outubro, mas só as recebi dia 12 de novembro, vieram atrasadas mas enfim, o que se há-de fazer. 

Os pequenos goulds estão a desenvolver-se bem, apesar de que a esta altura já contava ter mais pássaros nascidos, mas tive alguns casais que, ou por não se aceitarem bem, ou por outros motivos que me transcedem, ainda não arrancaram, o que a esta altura do campeonato não é nada bom sinal. Mas nem tudo são más noticias, pelo menos os bengalins até à data estão a ser exemplares ainda não me deixaram morrer nenhum pássaro e as poucas vezes que vou espreitar aos ninhos para ver se está tudo bem os pequenos goulds têm sempre o papo a rebentar de cheio. Vamos ver daqui para a frente se as coisas ganham rumo.

Recuperação após cirurgia

Como viram, no último post que publiquei aqui no blog, fiz uma pequena cirurgia a uma canária vermelho mosaico, que desenvolveu um grande quisto, na tentativa de a recuperar.

Esta canária, andava muito debilitada, quase não se mexia, andava já emboladita, pensei até que a ia perder. Imagino o incómodo que aquele quisto causava à pobre bicha. Se não tivesse feito nada, de certo já tinha ido à vida, pois no estado em que se encontrava, com certeza não ia durar muito.

Pois é, mas arrisquei e facto é que o passarito está a recuperar muito bem. Já sarou quase totalmente, tem a incisão fechada a pena já está a crescer e anda cheia de vida a pular de poleiro em poleiro, até parece outra, está cheia de genica. Mesmo sabendo que corria o risco de morrer, pois o tamanho do quisto era enorme, não tinha nada a ver com os pequenos quistos, aqueles que basta espremer que a porcaria sai toda, arrisquei e operei o pássaro e acabou por correr tudo bem. Mesmo sabendo que nunca vai ser um pássaro topo de gama, aproveitei-o pois gosto muito da sua forma e acho que posso aproveitar qualquer coisita de bom vindo dela, claro está que para acasalar este pássaro vou ter que ter um pouco de cuidado com o cruzamento que vou fazer, terei que escolher um macho com uma boa intensidade e a pena bem curtinha.

Ficam algumas fotos da recuperação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Remoção de quistos

Um dos problemas mais comuns que existe com as aves de pena larga, é o facto de terem alguma tendência para ganhar os chamados quistos de pena. Hoje trago-vos aqui um exemplo de uma ave das minhas, em que esse problema se fez notar. Julgo que 90% dos criadores que conheço, a descartariam imediatamente, mas como esta fêmea de vermelho mosaico, até não é um mau exemplar de todo decidi tentar recuperá-la.Vou então explicar passo a passo como remover os quistos fazendo uma pequena cirurgia.

Material necessário: água oxigenada, betadine, compressas,

cotonetes, pinças pequenas, uma lâmina de bisturi e adesivo liquido.   

Deve-se arrancar as penas em toda a zona do quisto deixando este bem visivel.

 

Como se vê bem nestas fotos o quisto cresceu a tal ponto que o seu tamanho é quase o da cabeça de um dedo da minha mão, pelo que que se não fosse removido esta ave morreria de certo.

 

 

De seguida desinfecta-se o quisto com betadine, com a lâmina de bisturi faz-se uma pequena incisão na pele por cima do quisto e com a pinça inicia-se a remoção do quisto, sempre com muito cuidado para não provocar grandes perdas de sangue à ave pois basta perder meia dúzia de gotas para o animal morrer.

Nesta foto já foi retirada a totalidade do quisto.

 

Aqui é visivel o excesso de pele que fica após a remoção do quisto.

Após a remoção do quisto é aplicado o adesivo liquido, próprio para pequenos cortes,para colar assim os excessos de pele e fechar a incisão.

Aplicação do adesivo liquido.

Depois de aplicar o adesivo liquido é necessário aplicar uma ligeira pressão com um cotonete para unir as peles e deixar secar durante alguns minutos.

Nas fotos que se seguem é bem visivel todo o quisto já removido.

 

 

Apesar deste procedimento parecer bastante invasivo, extraordinariamente a ave não sentiu qualquer tipo de dor, não esperneou uma unica vez, nem tentou fujir esteve sempre muito sossegadinha, penso que um tumor deste tamanho deve causar tanta pressão no animal que quando é removido o animal sente mais alivio do que dor e a prova disso é que quando a coloquei na gaiola sozinha pulou logo de poleiro em poleiro como se nada fosse.

Visita à expo aves Peniche

 

Hoje foi dia de ir dar uma volta até à expo aves de Peniche, ficam aqui algumas fotos das melhores aves.